Subi o rio Ivinhema numa canoa de remo Fui caçar no gato preto um lugar bão que só vendo Levei a minha dois canos e meu cachorro Veneno Soltei no rasto de onça o bicho saiu fervendo Meu cachorrinho é sem raça mais pra levantar uma caça Pra ele é café pequeno Dando sinal de levante entrou na mata fechada Derrepente lá no alto ele deu uma barruada Eu falei pro companheiro é onça e das bem criadas Minha espingarda tem bala fico firme na cilada O senhor é de coragem vai esperar na passagem No corredor da picada ♪ O Zé Pedro é desses homens que não deixa pra depois Ergueu a tráia nas costas e já saiu no pé dois Dizendo cercar a onça muito, apressado ele foi A onça ele ainda disse vive só comendo boi Sabendo dessa façanha me interessei pela banha Pra temperar meu arroz A corrida foi embora descambou no espigão Eu até fiz um cigarro descansei sobre o garrão Derrepente foi voltando rodeou pelo capão Meu cachorro começava um sinal de acuação Gritei assim pro Zé Pedro vou tirar o couro mais cedo Da rainha do sertão ♪ Ele veio ao meu encontro pra ir no pé da pintada Meu facão de aço puro foi abrindo uma picada De longe avistei a onça por de trás de uma ramada Ele deu um tiro nela ela veio nele de unhada Pra terminar meu enredo matei ela pro Zé Pedro O resto eu não conto nada