Caminheiros quem passar naquela estrada Vê uma cruz abandonada como quem vai pro sertão Há muitos anos neste chão foi sepultado Um preto veio e herado por nome de pai João ♪ Pai João na fazenda dos coqueiros foi destemido carreiro Querido do seu patrão Sua boiada o chibante e o brioso Nos morro mais perigoso arrastava o carretão ♪ Numa tarde pai João não esperava que a morte lhe rondava Lá na curva do areião E numa queda em baixo do carro caiu Do mundo se despediu preto veio pai João ♪ Caminheiro aquela cruz do caminho Já contei tudo certinho a historia de pai João Resta saudade daquele tempo que foi Do velho carro de boi no fundo do mangueirão