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Gigante No Mic - Da Lama ao Pódio 3 lyrics

Artist: Gigante No Mic

album: Da Lama ao Pódio 3


A boca fala o que o coração tá cheio
Falo da Lama, foi de onde a gente veio
Falo do Pódio, foi aonde noiz pisamos
Só de sobreviver uma medalha conquistamos
Hoje eu quero ouro porque sou prata da casa
Meu maior tesouro é por comida na mesa
Entenda o jogo, nada vem de graça
Não é só questão de fé pra quem veio da pobreza
É o canto da vitória de quem nasceu derrotado
Não é sobre ter dinheiro e sim como ganhá-lo
É o canto da vitória e o lamento dos recalcados
Não é sobre ficar rico. É sobre não morrer calado
É sobre ter voz sem precisar do The Voice
Pondo o pingo nos "is" mas sem pagar de Joyce
Salve Paraná e que se fôda o Sérgio Moro
Nem todo Sérgio é malandro lá no morro
É no batuque: tique tique tique tique dum
Eu vim do sub e tive que subir fumando um
Salve cachorro! Não é o Scooby-Doo -be-doo-be-doo
Bem antes do YouTube: Tuf! Tuf! Tuf!
Sou mais um mano de 90 que 100% tenta
Acordar cedo e fazer a renda
Tô preparado pra uma terceira guerra
Porque dentro de mim já se passaram de duzentas
A NASA tá procurando o tal PC que o Rap diz é
Que desinstale o caos na terra
O PC encontrado em resposta diz, pô
Desinventem as pessoas mano, a máquina não erra
Na mesma noite tive um sonho com a ONU
Chamava o mano Brown pra falar com os morador
5 palavras foi suficiente
"Até no lixão nasce flor"
Meu pai que tava aposentado
Tava sossegado e por um erro do Estado
Disseram que tá cancelado
Pra várias contas e o dinheiro contado
Só com Deus que aqui nois conta
E não com a lista de contatos
O sol brilha pro dentista, frentista
Pai tá contratado vai ser o meu motorista
Vai ser conquista ver o senhor na pista
Ainda vou te dar mó boi, nem vai fazer a entrevista
Eu que via você ir e partir
E levar o sustento pra nossa infância
Agora eu já tô adulto
Divide cerveja, dinheiro e equilibra as finanças
Eu que via você ir e partir
E levar o sustento pra nossa infância
Agora eu já tô adulto
Divide cerveja, Dinheiro e equilibra as finanças
Diga quais são seus interesses
Quais os seus adereços
O que tu traz no bolso
São valores ou preço?
Enquanto a chance não aparece
Vai se virando pelo avesso
O mundo gira da lama ao pódio
São varias voltas que eu subo e desço
Sempre segurando a barra só na força de vontade
Faço de cada segundo uma nova possibilidade
Eu também quero acesso, também quero dinheiro
E não vem com essa de mérito pro que eu tenho direito
Nasci em 87
Só em 2010 que eu tive PC com internet
Os boy na mesma época já jogava Kinect
Mundo globalizado quer que você se conecte
Escolha uma arma e mate pelo que se compete
Ou morra chorando pra aceito
Tô formando a minha seita pra mudar esses conceito
Acumulando sons, acumulando sonhos
Acumulando o sono pra correr atrás do sonho
Pode liga pro Bill Gates e contar essa fofoca
Que eu tô fazendo notas só usando o bloco de notas
Mãe, tô com saudades mas eu to correndo agora
Pra no próximo Natal que o seu presente seja uma vida nova
95 nasceu a mais grande estrela
Predestinada a brilhar mas nem sempre perfeita
Venho da onde os gênios andam com "M" na testa
Venho do mundo onde o que cê quer você conquista
Seja na pista no crime se for avista
Paraná num é qualquer coisa. Segura sua língua
Só o Gigante memo e o Fler sabe o veneno
Sonhando em faze rap e acorda de novo preso
Não saí ileso, sequelado pra caralho
Depressivo ansioso, na lama eu não me encaixo
Eu faço rimas pra confortar corações
De tantas mães que já perderam os filhos nessas missões
Não foi em vão
Muitos se envolvem no crime na emoção
Não na razão
Fé o que falta na favela irmão
Favela venceu como se o seu mano ainda fuma crack.hmmm
Favela venceu como se seu vizinho ainda passa fome
Favela venceu mano talvez isso seja só um empate
Os únicos que vencem por aqui se levanta e some
Ser chavoso é a chave
Ninguém decifra a nossa cifra
Não existe porta fechada
Pra quem sabe usar a micha
É zé. Mano Fler é eu memo
Saí da Lama pro Pódio no puro ódio
O que a burguesia odeia, aqui é o antibiótico
Do rei da Selva, psico neurótico
Aqui o humilhado é vagar o sagrado
Paciência eu aprendi com quem eu não agrado
Por ter conhecido o RAP eu agradeço a Deus
Minha mãe lembra do dia que o filho perdeu
Por aqui se resolve sem usar o revolver
Tudo aquilo que me move são as pequenas neuroses
Mais um trago em uma dose com balas de neuroses
Todas essas psicose é o que me comovem
Lembranças são pesadelo
Sou inimigo da insônia
Metáforas são dádivas numa sinfonia harmônica
RAP de Londrina. Mano Fler, Pateta e Melk
Noiz já rimava antes de saber o que era self
Help! Quem rima aqui é o Hell que
Já fez do juiz, Mac Lanche aprendiz feliz
No risco do isqueiro RAP pega fogo
Confundindo seus neurônios te deixando muito louco
"É Pateta". Na brisa da batida, microfone é arma
Mensageiro dá uns dois e continua a caminhada

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