A boca fala o que o coração tá cheio Falo da Lama, foi de onde a gente veio Falo do Pódio, foi aonde noiz pisamos Só de sobreviver uma medalha conquistamos Hoje eu quero ouro porque sou prata da casa Meu maior tesouro é por comida na mesa Entenda o jogo, nada vem de graça Não é só questão de fé pra quem veio da pobreza É o canto da vitória de quem nasceu derrotado Não é sobre ter dinheiro e sim como ganhá-lo É o canto da vitória e o lamento dos recalcados Não é sobre ficar rico. É sobre não morrer calado É sobre ter voz sem precisar do The Voice Pondo o pingo nos "is" mas sem pagar de Joyce Salve Paraná e que se fôda o Sérgio Moro Nem todo Sérgio é malandro lá no morro É no batuque: tique tique tique tique dum Eu vim do sub e tive que subir fumando um Salve cachorro! Não é o Scooby-Doo -be-doo-be-doo Bem antes do YouTube: Tuf! Tuf! Tuf! Sou mais um mano de 90 que 100% tenta Acordar cedo e fazer a renda Tô preparado pra uma terceira guerra Porque dentro de mim já se passaram de duzentas A NASA tá procurando o tal PC que o Rap diz é Que desinstale o caos na terra O PC encontrado em resposta diz, pô Desinventem as pessoas mano, a máquina não erra Na mesma noite tive um sonho com a ONU Chamava o mano Brown pra falar com os morador 5 palavras foi suficiente "Até no lixão nasce flor" Meu pai que tava aposentado Tava sossegado e por um erro do Estado Disseram que tá cancelado Pra várias contas e o dinheiro contado Só com Deus que aqui nois conta E não com a lista de contatos O sol brilha pro dentista, frentista Pai tá contratado vai ser o meu motorista Vai ser conquista ver o senhor na pista Ainda vou te dar mó boi, nem vai fazer a entrevista Eu que via você ir e partir E levar o sustento pra nossa infância Agora eu já tô adulto Divide cerveja, dinheiro e equilibra as finanças Eu que via você ir e partir E levar o sustento pra nossa infância Agora eu já tô adulto Divide cerveja, Dinheiro e equilibra as finanças Diga quais são seus interesses Quais os seus adereços O que tu traz no bolso São valores ou preço? Enquanto a chance não aparece Vai se virando pelo avesso O mundo gira da lama ao pódio São varias voltas que eu subo e desço Sempre segurando a barra só na força de vontade Faço de cada segundo uma nova possibilidade Eu também quero acesso, também quero dinheiro E não vem com essa de mérito pro que eu tenho direito Nasci em 87 Só em 2010 que eu tive PC com internet Os boy na mesma época já jogava Kinect Mundo globalizado quer que você se conecte Escolha uma arma e mate pelo que se compete Ou morra chorando pra aceito Tô formando a minha seita pra mudar esses conceito Acumulando sons, acumulando sonhos Acumulando o sono pra correr atrás do sonho Pode liga pro Bill Gates e contar essa fofoca Que eu tô fazendo notas só usando o bloco de notas Mãe, tô com saudades mas eu to correndo agora Pra no próximo Natal que o seu presente seja uma vida nova 95 nasceu a mais grande estrela Predestinada a brilhar mas nem sempre perfeita Venho da onde os gênios andam com "M" na testa Venho do mundo onde o que cê quer você conquista Seja na pista no crime se for avista Paraná num é qualquer coisa. Segura sua língua Só o Gigante memo e o Fler sabe o veneno Sonhando em faze rap e acorda de novo preso Não saí ileso, sequelado pra caralho Depressivo ansioso, na lama eu não me encaixo Eu faço rimas pra confortar corações De tantas mães que já perderam os filhos nessas missões Não foi em vão Muitos se envolvem no crime na emoção Não na razão Fé o que falta na favela irmão Favela venceu como se o seu mano ainda fuma crack.hmmm Favela venceu como se seu vizinho ainda passa fome Favela venceu mano talvez isso seja só um empate Os únicos que vencem por aqui se levanta e some Ser chavoso é a chave Ninguém decifra a nossa cifra Não existe porta fechada Pra quem sabe usar a micha É zé. Mano Fler é eu memo Saí da Lama pro Pódio no puro ódio O que a burguesia odeia, aqui é o antibiótico Do rei da Selva, psico neurótico Aqui o humilhado é vagar o sagrado Paciência eu aprendi com quem eu não agrado Por ter conhecido o RAP eu agradeço a Deus Minha mãe lembra do dia que o filho perdeu Por aqui se resolve sem usar o revolver Tudo aquilo que me move são as pequenas neuroses Mais um trago em uma dose com balas de neuroses Todas essas psicose é o que me comovem Lembranças são pesadelo Sou inimigo da insônia Metáforas são dádivas numa sinfonia harmônica RAP de Londrina. Mano Fler, Pateta e Melk Noiz já rimava antes de saber o que era self Help! Quem rima aqui é o Hell que Já fez do juiz, Mac Lanche aprendiz feliz No risco do isqueiro RAP pega fogo Confundindo seus neurônios te deixando muito louco "É Pateta". Na brisa da batida, microfone é arma Mensageiro dá uns dois e continua a caminhada