Eu queria saber Eu fui me arrepender Depois de ver a realidade além da margem rasa Vendo vulto em casa, vaza Nego quer se envolver Sem fazer por merecer Arrastando o rolê E se eu tiver que tomar uma atitude, vai ser Papo de exílio, quer puxar o gatilho? Puxa, não passa vontade Responda que pesa Tropeça, quebra a perna Sem ninguém pra socorrer É hoje que eu tenho que ser melhor que ontem Eu to arrumando a vida E aprendendo a dar valor Não é uma corrida Pra mim não é um jogo a jogador Minha missão na Terra é compor Tocar o terror Pra ver se muda alguma bosta Pátria amada escorrendo sangue, ódio Só gringo no pódio Dívida externa maltrata Índia perdida no meio da mata O homem se afasta da alma Colecionador de frustração Não quero saber de opinião que julga Como se isso tudo fosse minha culpa Nada a vida na palma da mão É a hora, "vambora" Não decora e degola Nova escola Ambição não é ganância Ignora a ignorância E assim eu sou mais um ser humano Eu rimo pra fazer esses demônio calarem a boca O diabo me fala pra eu não confiar nas pessoas Ingles no pretérito perfeito Cada mente um novo espelho E me corrijo contra o tempo Vê-la a 4 ventos Minha sorte na mão do réu Que pelo céu perdeu o firmamento Travessa, concreto, cimento Tudo que globaliza rouba a brisa Eu sei A mente é um pavimento Do que se sabe Além da margem É o que figura tua saída E por ti até portei o céu Quebrei hells Do amargo ao doce em gotas de mel O que predomina é a venda de papel Promotor derrama a fábula O real entorta o fel Mil poses e sorrisos podres Falsos elogios ao sentir amores Na interação analisei os meus temores E no quadro que pintei Sublinhei as minhas cores, por você Vejo que é tarde pra voltar sem perder tempo Eu sei que eu vou viver cada segundo E compensar o que eu perdi Eu me comprometi com isso Eu me comprometi Fazer dessa vontade Vezes maior que a de sumir Como sair? Se nem sei por onde caminhar Por que fugir? Se eu não sei o que encontrar Porra, viva intensamente Mas não morra sem saber Que são cegos são só aqueles que não enxergam além do ver 2.0.1.7 é o progresso em meio a decadência Da trama conduzida Cercada de evidência Pra cada cidadão sempre o motivo de existência Sendo assim, nenhuma nação conquistou a independência (A loucura é só parte da arte, que a mente é quem tem Isso prova que eu nem me conheço As vezes o acaso é quem tem a hora certa...) E eu não peço desculpas pra ninguém Pela minha teimosia de tentar ser eu mesmo de novo Mente vazia, espírito fede e sede E pede mais um pouco Mas a fé é e sempre foi escudo da esperança O cérebro carregado é mais pesado na balança Equilíbrio já desequilibrado Louco é quem acha que vive Mas sempre tá ocupado Na face preocupado Sem caminho extraviado Cansado, imaturo e futuro premeditado (Porra) Viva intensamente Mas não morra sem saber Sem psicológico A vida é um zoológico E viver já não existe Cenário: Brasil triste O cão tá no apetite Estamos vendo muito enterro Sem união, dinamites Confronto sem limites E o inimigo assiste você insistir no erro Dentro do peito um sentimento só Vê o mundo inteiro ser alguém melhor Na TV vejo o fim dos tempos Premeditações e pressentimentos Uma voz tá gritando aqui dentro do peito E eu tenho que por pra fora Colocam sonhos em um outdoor Derramam sangue Enquanto nós suor Na polícia pra atirar no peito Na televisão só piada com negro Vejo meus irmãos se perdendo Um momento, então Eu não posso ir embora. (Não!)