Eu vou contar, seu moço, por que deixei meu sertão Não foi por falta de inverno, não foi pra fazer baião Não foi por falta de inverno, não foi pra fazer baião É que todo sertanejo sempre tem essa ilusão Conhecer cidade grande, põe nas costas um matulão Pensa que cá na cidade não existe exploração Óia os bens que eu deixei, um roçado de algodão Bem cheinho de mandioca, de arroz e de feijão Mas também só na mulher é que eu não tinha sócio não Acontece é que vi tudo, arranha-céu, muita grandeza Móio de ferro voando, remexendo a natureza Mas o cheirim do mato verde para mim tem mais beleza Ai, meu Deus, quanta saudade do Lachinha e do Sané Do De Ouro, do Leipinha, João Piston, de Rafaé Esmagado, Garrinchinha são meus amigos de fé Essa água dos meus óio algum dia vai parar O bom filho volta a casa, por isso eu vou voltar Eu já vi ditado certo, pra aprender tem que apanhar Graças a Deus que eu tenho quem me protege no mundo São José de Ribamar, em Vargem Grande São Raimundo São José de Ribamar, em Vargem Grande São Raimundo Acontece é que vi tudo, arranha-céu, muita grandeza Móio de ferro voando, remexendo a natureza Mas o cheirim do mato verde para mim tem mais beleza Essa água dos meus óio algum dia vai parar O bom filho volta a casa, por isso eu vou voltar O bom filho volta a casa, por isso eu vou voltar