Se eu quiser fumar eu fumo Se eu quiser beber eu bebo Eu pago tudo que eu consumo Com o suor do meu emprego Confusão eu não arrumo Mas também não peço arrego Eu um dia me aprumo Pois tenho fé no meu apego? Eu só posso ter chamego Com quem me faz cafuné? Como o vampiro e o morcego É o homem e a mulher O meu linguajar é nato Eu não estou falando grego? Eu tenho amores e amigos de fato Nos lugares onde eu chego? Eu estou descontraído Não que eu tivesse bebido? Nem que eu tivesse fumado Pra falar de vida alheia? Mas digo sinceramente Na vida, a coisa mais feia? É gente que vive chorando De barriga cheia