Dá até pena de se ver O seu vulto solitário Debruçado na porteira Apreciando o cenário Do sertão Fecha os olhos sopra a voz Cai a tarde na fazenda Não importa quem escute Muito menos quem entenda Sua canção E canta pra aquele que criou os céus E canta pra aquele que fez o luar Como é bonito seu cantar Voz e versos pelo ar Poesia da alma Não tem fundo musical Só o silêncio e a sua voz Noutro tempo eram 10 cordas E um dedilhado veloz da viola Hoje lembra com saudade Daquele tempo que foi Pois os dedos da viola Puxão só o carro de boi Mas nem por isso deixa de cantar Parece até mais forte a sua voz E louva a Deus de coração Pela benção do sertão Pela chuva, o sol e a plantação E louva a Deus de coração Pela benção do sertão Pela chuva, o sol e a plantação Dá até pena de se ver O seu vulto solitário