Eu te vejo voltando pra casa trazendo nos braços as flores colhidas A tua volta, ao teu redor, o que te envolvem são montanhas azuis e cinzeiros redondos Elefantes invisíveis amarrados na tua mão, na tua mão, na tua mão Vou fazer uma casa no ar sem levar nada do chão Vou cobrir a nossa cama como fosse um firmamento Você sabe o que é um firmamento meu amor? O que é, é muito pequeno diante do que pode vir a ser A raiz pode crescer por dentro do cano alucinada, enlouquecida, desesperada Vou fazer a nossa casa no ar sem levar nada do chão Com janelas girantes E paredes manchadas da casca Um portão de silêncio Ou maior, ou maior Eles querem até a poeira da nossa cabeça a nossa história, o nosso sonho e o que chamam de futuro Mas eu sei que a felicidade é conselheira da sorte. hoje eu sei, hoje eu sei Quero ver mais um gol vagalume de adebayor, adebayor, adebayor, adebayor Corre lobo pra dentro da mata tua paz é teu suor