A derradeira A derradeira Lágrima de dor teimou e caiu Ai, saudade, eu não sei esquecer Lágrima de dor teimou e caiu Ai, saudade, eu não sei esquecer Aquela estrela Aquela estrela Marvada chegou tinhosa e vil De mim, levou meu benquerer Marvada chegou tinhosa e vil De mim, levou meu benquerer Minha pele é solidão E o meu colo, benquerer Lágrima de dor teimou e caiu Ai, saudade, eu não sei esquecer Aquela estrela, oh, tinhosa e vil De mim, levou meu benquerer Era a mulher que falava Ai, a mulher rogava Que trouxessem o corpo daquele rapaz moço, vistoso O dos olhos muito verdes Eu desguisei Eu deixei minhas lágrimas virem, e ordenando Traz Diadorim Diadorim, Diadorim Ah, meus buritizais levados de verdes Sufoquei numa estrangulação de dó Constante o que a mulher disse Carecia de se lavar e vestir o corpo Piedade, como que ela mesma embebendo a toalha Limpou as faces de Diadorim Casca de tão grosso sangue repisado Eu dizendo que a mulher ia lavar o corpo dele Ela rezava rezas da Bahia Mandou todo o mundo sair Eu fiquei Não me mostrou de propósito o corpo, e disse Diadorim, nu de tudo, e ela disse A Deus dada, pobrezinha Como em todo o tempo antes Eu não contei ao senhor, e mercê peço Mas pra o senhor divulgar comigo a par Justo o travo de tanto segredo Sabendo somente no átimo em que eu também só soube que Diadorim era o corpo de uma mulher, moça perfeita Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo e estremeci Retirando as mãos pra trás E a mulher estendeu a toalha, recobrindo as partes Mas aqueles olhos eu beijei e as faces, a boca E eu não sabia por que nome chamar Eu exclamei me doendo: Meu amor Minha pele é solidão E o meu colo, benquerer Lágrima de dor teimou e caiu Ai, saudade, eu não sei esquecer Aquela estrela, oh, tinhosa e vil De mim, levou meu benquerer