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César Oliveira & Rogério Melo - Erguendo a Pátria Nos Tentos lyrics

Artist: César Oliveira & Rogério Melo

album: Das Coisas Simples da Gente


Canto hoje, canto sempre
O que sou e o que tenho
Pois o rincão de onde venho
É o santo chão dos ventenas
Que arrastaram nazarenas
Sobre tierra e abajo el cielo
Pela cor deste pañuelo
Que ainda faz peso na goela
Dos que pelearam por ela
'Inté o último atropelo
Esta cantiga baguala
É o idioma dos bravos
Que se fizeram escravos
Do mundo e da própria sina
E aos poucos os descrimina
Mas não lhes tira o direito
São tauras do mesmo jeito
Essa é a razão que se acha
Pois um homem de bombacha
Merece todo o respeito

Por isso eu canto em nome
Dos que vivem dos arreios
E em pelados de rodeios
Dão a vida por um pealo
Acham grande um regalo
Trocar a vida por nada
Um índio venta rasgada
É sempre um filho do vento
Que ergue a pátria nos tentos
No romper da madrugada

Se lhes falo de criollas
Lhes falo por que conheço
Pois também andei do avesso
Por estradas e galpões
Só não sei por que razões
A alma das criaturas
Vaga pelas planuras
Quando o vento norte ronca
Sobre cunheiras e estroncas
Que se ergueram nas lonjura
Mas algum dia eu encontro
A parceria dos outros
Que usavam botas de potro
E chapéus pança de burro
E perpetuaram sussuros
De boleadeiras e garras
E viram o sol entre as barras
De horizontes infinitos
Quando os primeiros gritos
Acolheraram guitarras
Por isso eu canto em nome
Dos que vivem dos arreios
Em pelados de rodeios
Dão a vida por um pealo
Acham grande um regalo
Trocar a vida por nada
Um índio venta rasgada
É sempre um filho do vento
Que ergue a pátria nos tentos
No romper da madrugada
No romper da madrugada
No romper da madrugada
No romper da madrugada-ah-ah

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