Tanto ver trovão quebrar a noite, oiê Tanto ouvir o rio polir a pedra, oiá Chuva desabar do céu e o chão beber Sol inchar o grão e o milho rebentar Tanto ver tiê quebrar a casca, oiê Tanto ver preá lamber a cria, oiá Tanto ver menina brincar de cozer Tanto ver piá correr de lá pra cá Tanto ter estios e temporais Tanto ter vazios e vendavais Tive filho e compreendi meu pai Me querer bem junto ao cais Tanto ver que fruto cresce e cai Tanto ver que gente chega e sai Vi também que vida vem e vai Hoje é hoje e nunca mais Tanto ver trovão correr, nascer, oiê Tanto ouvir o rio virar canoa, oiá Chuva desabar do céu e o chão encher Sol rachar o grão e o milho ressecar Tanto ler ciência mundo afora, oiê Tanto ver luzeiro mata adentro, oiá Tanto ser descrente olhar mistério e ver Tanto ver milagre e não acreditar Tanto ter estios e temporais Tanto ter vazios e vendavais Tive filho e compreendi meu pai Me querer bem junto ao cais Tanto ver que fruto cresce e cai Tanto ver que gente chega e sai Vi também que vida vem e vai Hoje é hoje e nunca mais ♪ Tanto ter estios e temporais Tanto ter vazios e vendavais Tive filho e compreendi meu pai Me querer bem junto ao cais Tanto ver que fruto cresce e cai Tanto ver que gente chega e sai Vi também que vida vem e vai Hoje é hoje e nunca mais