Dentro da janela do meu quarto Não há ninguém pra me salvar de mim Eu olho tudo do lado de fora Mas não consigo me encontrar ali Eu vejo cinzas, cinzas, cinzas de mim Meu quarto é uma cova onde me escondo do que vem Mas eu não sei de quem Vocês que penduraram o seu Deus numa cruz Não vão me ver Eu quero ser invisível Invisível, invisível Indivisível Apago o meu sorriso E sigo com os ombros curvados Sem saber um jeito de dizer que sim Cortando meu cabelo e apagando os meus cigarros Todo mundo sabe o que é melhor pra mim Só eu não tenho caminho Só eu ando tão só Esqueço a fumaça Pra de novo me perder no corpo de uma mulher Que não me quer Me enfio nesses livros Pessimismo surreal Eu vou fingindo que as coisas são Sempre flores do mal Pra esconder Que eu só quero amar alguém Ando tão só Só eu Ando tão só