São Paulo, prédio passarela pontilhão Pico ponte pilantragem praça ponto pavilhão Permanente paraíso perigoso Perfil pomposo purgatório perdição Presenciei pela porta paralela Passei pela padaria Prevendo priorizar São Paulo: prisma São Paulo: pureza São Paulo: pressa São Paulo: primazia São Paulo: prosa São Paulo: primeira São Paulo: primavera São Paulo: poesia Aonde, aonde passa o bonde Aonde o bonde já passou Esse bonde do passado, hoje em dia é o metrô Que liga São Paulo de ponta à ponta a vida do trabalhador Nessa correria desse dia-a-dia a cidade não pára nem pode parar Eu falo da minha São Paulo querida, que aprendi a amar A cidade que faz parte da minha vida - que aprendi a amar Toda essa pobreza essa vida bandida - que aprendi a amar É asfalto, é concreto, é ponte e avenida - que aprendi a amar Poluída, perdida um tanto esquecida - que aprendi a amar Pessoas em todo lugar Que passam pra lá e pra cá Não param nem pra conversar São Paulo não pode parar