O apocalipse começa numa xícara de chá Santo ou Orixá? Slackline ou corda bamba? Marijuana e marachuá Maracutaia e muita muamba Eu sou respeitado de pijama Consegui um mic, depois penhorei minha cama Na VL cana não é caldo Minha badtrip não é só fim de semana Meus amigos já nasceram alvo Ninguém aqui tá salvo não, mano Nem eu e nem você, tio Mas devido as circunstâncias, mano Cada um pesca com o que dá Correto? Quem não tem vara pesca com a lança Quem não tem lança pesca com a mão Quem não tem fome fala da pesca do irmão Quem tem a lábia faz tubarão virar nemo Quem tem dinheiro pesca o pescador Quem vê o horizonte não pensa pequeno Se o peito é barco o braço é remo Prometo navegar onde a dúvida se esconde Sem nuvem, sereno Já me distrai, quando voltar não perco o bonde Superbonder colará o que foi quebrado Mas sua consciência nunca vai esquecer aonde Semblante cansado Olhos enxergarão o que o corpo não entende Eu sou um assunto delicado Você também é mano Sabe que isso aqui não é pra sempre Escravo do meu subconsciente Escrevo sobre hipóteses Hipnoses que desconfiam de Aristóteles E questionam minha filosofia Ressignificamos manias como totens E desenvolve a minha esquizofrenia Choque ou ironia? Metáfora é a forma divertida que eu vivi de onde não tinha Eu faço rima e o pássaro assobia Tenho três casas e pelo menos umas vinte e cinco tias Família desunida, mas sadia Revivendo aquilo que se adia Estamos trabalhando nas feridas que ardiam E arde, aliás, a dias, semanas, meses, anos, eras, gerações E afetam atmosferas e nações Mas isso é só minha teoria