Beijo sua boca de mel Veste sua luz Raízes em volta de casa Pra nos proteger Os mortos não contam milagres Todos afogados em suas lágrimas Demônios nos sopram aos ouvidos Todos afogados em suas lástimas Eu vi Palácios de ouro no chão (eu vi) Os reis permanecem quietos (vi) Qual o peso de um filho no mundo? Choroso, o falho se sente um inútil Regendo um coral de fantasmas Na busca eterna de algo O rosto gelado nos santos Sorrindo dos tolos em prantos Que encha de fogo essa alma dormida E o Deus invisível não cubra teus sonhos tão lindos Quebres o cárcere pra uma vida desnuda Que todos os filhos da queda acabem com esse jejum infinito Beijo sua boca de mel Veste sua luz Raízes em volta de casa Pra nos proteger Fora do cárcere Flor que cresce fora do vaso Apenas evidências Gelo e mármore Frio tal Sibéria Duro na queda Tropeço, mas não caio Ícaro cego de asas abertas Retrato, fantasma Mil chaves pra porra da porta que não abre Não paro e nada para Tô relax e nem tive férias De frente pro espelho, uma conversa Terapêutico é o vinho na minha adega Terapêutico é beijar sem pressa Dançar até mesmo no fim de festa Por mim, viveria um milênio Rumo ao eterno Separando a cura do veneno Olhos abertos Tô atento Da origem ao princípio Do princípio ao começo Unem-se os extremos Pressão externa Não derruba o meu império Irmãos e irmãs, eu falo sério Sobre enigmas, mistérios Abundância de detalhes Migalhas e farelos Cenário diferente Mesma personagem Espero, a paciência é uma prece O que restará dessa passagem? Ninguém sabe Desilusões, milagres Tragicomédia Entre confiar e trair a promessa Tentando não perder a cabeça Chuta-la aos berros Mergulhar em janelas Esmagar os vermes E domar as feras Sair do cárcere Sem pressa A jornada e suas surpresas Persistir no processo Que assim seja Beijo sua boca de mel Veste sua luz Raízes em volta de casa Pra nos proteger Só seus lábios E sua boca Só seus lábios pra me proteger, (amor)