Mãe, tua ausência silencia tudo que há ao redor
Mãe, cada detalhe é um gesto teu pra me lembrar o que é amor
Pai, fugi pra ver, pra encontrar, se não voltava mais
Pai, hoje notei, você no espelho, nos vários detalhes, pai
Todas as cores têm o seu rosto
Labirinto sem retorno
Em teu colo, ancoradouro
Onde o afogado pode encontrar fôlego
Fôlego
Não me vi sóbrio
Chutando pedras e garrafas
Abandonando sonhos
Mas nasce flor até no lixão
Até nos escombros
Tudo se perde, tudo desmorona
Foste embora, como a névoa num sopro
Resta o fardo de não te ver de novo
Mas te levar comigo onde quer que for
Pai, fugi pra ver, pra encontrar, se não voltava mais
Pai, hoje notei, você no espelho, nos vários detalhes, pai
Mãe, tua ausência silencia tudo que há ao redor
Mãe, cada detalhe é um gesto teu pra me lembrar o que é amor
Quando eu me perco
Nasce novos frutos
Dentro do meu peito devastado
Hoje isolado
Vejo o caminho
De seguir comigo desolado
Sufocado em todo ambiente
O perigo ronda meu olhar
Vejo desespero em todo canto
Sinto minha sombra me tocar
Cadê você?
Foi pra longe
Tudo desbotou, desmoronou
Oh mãe, de mim sobraram só migalhas, puro pó
Grito o seu nome e o eco tem sua voz
Cadê você?
Foi pra longe
Tudo desbotou, desmoronou
Oh pai, de mim sobraram só migalhas, puro pó
Grito o seu nome e o eco tem sua voz
Cadê você?
Foi pra longe
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