Que a energia ancestral desperte No despertar de todas as sementes Que a vida singela se liberte Na eclosão do Sol nascente Que a inocência de todas as plantas Transpareça o mistério da vida Que os dedos na terra molhada Reacendam a vida esquecida Filho meu, meu querido amor Queria ser mais forte Bem mais forte que sou Filho meu, meu querido amor Queria ser mais forte Bem mais forte que sou Para soprar vento em seu calor Para te cobrir nos dias frios Para te poupar qualquer dor Para acalmar teus arrepios E nas secas chover em seus rios Nas enchentes escoar suas águas Para colorir os seus vazios Para dissipar as suas mágoas Filho meu, meu querido amor Queria ser mais forte Bem mais forte que sou Filho meu, meu querido amor Queria ser mais forte Bem mais forte que sou Pra no esquecimento ser lembrança E na carência ser o seu chamego No desespero ser sua esperança E na agonia ser o seu sossego Pra estar contigo nos inícios, meios, fins E quando precisar te dar espaço Pra te fazer sorrir, chover nos teus jardins Teu eterno abrigo em meus braços Filho meu, meu querido amor Queria ser mais forte Bem mais forte que sou Filho meu, meu querido amor Queria ser mais forte Bem mais forte que sou