Mentes fúteis e vazias ao redor A ausência de algo há tempos já me sufoca Só que o foda eh que esse algo eu to buscando há mto tempo Espero que um dia encontre algo que meu peito toca Eu vivo de toques, me entretenho com tapas E não me orgulho em dizer que faço o uso dos dois tipos O fogo de minhas brasas unido ao calor dos corpos Impedem que minhas lágrimas venham a cair em litros Na ausência da água, futilidade que me banha E no intuito de secar me utilizo de canções Porém na selva de pedra a chuva nunca para E nem mesmo a água dessa chuva me promove sensações Carcaças desalmadas se alimentam por olhares Meu brilho chama atenção, isso minha mãe dizia Carcaça de minha alma é almejada? Uma pena! Mal sabem eles que a minha é muito mais vazia Existências incompletas que nutrem o solo abaixo Um propósito é inexistente, sem isso quem que é completo? Somos apenas peças de uma mente perturbada A qual promove sofrimentos desde o surgir do feto E ainda reclamam que o surgir é interrompido Olhando pro outro lado até parece brincadeira Mar de sangue nas calçadas, crias abandonadas Enquanto o foco é dado aos poupados na banheira Vida na rua? inexistente! mães mortas? inexistente É irônico o nosso hoje ser chamado de presente E num futuro ironicamente sendo pra frente Luto que minha palavra seja usada de semente Vida na rua? inexistente! mães mortas? inexistente É irônico o nosso hoje ser chamado de presente E num futuro ironicamente sendo pra frente Luto que minha palavra seja usada de semente Me dizem ser consciente mas a posse me domina Consciência me maltrata como a rosa fez ao cravo Espinhos dela em minha pele se tornaram usuais Não sei se amo ou odeio, se a mato ou a dixavo Seu perfume me escraviza, versos perdem o foco Sua presença me traz brisa, seus defeitos nunca noto Enquanto escravizados brisam, perfumes não se soltam Lançam vidas para cima, e apenas seus defeitos voltam A ampulheta já se quebra, a areia já se escorre Meu tempo já se acaba como um trem tirado o freio Então receio não saber o tal melhor uso dos meios Produções são descartadas e aos padrões sempre me alheio Olha que feio, ainda dizem que não creio Fonte em vida está em Atenas e ela sugo de seu seio Então não importa a falsa forma a qual o tempo está taxado To afiado e com meus versos suas arestas parto ao meio