Jurema Jurema da beira da praia Com olhar de feiticeira Prendeu na barra da saia O amor de um capoeira No brilho da estrela Dalva Viu o seu amor chegar E o sorriso da morena Parecia lua nova Passeando pelo mar Ê camará Ê camará Capoeira está de ronda Ei Juremá Tire os seus olhos das ondas Do mar Ê camará Do outro da pedreira Um galo preto cantou Veio outro capoeira Pediu passagem chegou Rezando pra ter coragem Como seu mestre mandou Um corpo rolou pela margem Da praia de São Salvador Com jeito de tatuagem Que a luz da Bahia riscou Jurema olhando prás águas Encheu-se de mágoas E pôs-se a chorar E a menina dos seus olhos Parecia lua cheia Brilhando na areia, No fundo do mar Ô Jurema, Ô Juremá Teus olhos tem tanta pena Que não dá no teu olhar. Ô Jurema, Ô Juremá Teus olhos tem tanta pena Que não dá no teu olhar. Ô Jurema, Ô Juremá Teus olhos tem tanta pena Que não dá no teu olhar.