Eu lhe avisei, mulher Não brinca com fogo Que tu ia se queimar Não vou-me embora Nem que meu patrão me mande Só depois da hora grande, eu vou subir Dizia o moço vestido de branco Se dizendo pai de santo No terreiro do Seu Tiriri No terreiro do Seu Tiriri Se errar o coro come Tiriri levou o home' Lá pro fundo do quintal Apanhou uma garrafa de marafo Misturou com azeite de dendê Um pedaço de fumo e pimenta Botou na panela pra ferver E mandou o crioulo ajoelhar E beber tudo aquilo de uma vez Disse: Nêgo, tu vai me pagar A vergonha que me fez Tiriri deu gargalhada Olhou pro clarão da lua e disse Moleque, tu vai aprender Respeitar povo de rua Tiriri deu gargalhada Olhou pro clarão da lua e disse Moleque, tu vai aprender Respeitar povo de rua Quem quiser rabo de saia Vai buscar noutro lugar No terreiro da vovó Esse nêgo não vai se criar Quem quiser rabo de saia Vai buscar em outro lugar No terreiro da vovó Esse nêgo não vai se criar Quando uma moça balança O nêgo avança e vai segurar Mas se for perna-de-calça Ele nem sai do lugar Vovó só tá espiando Esse nêgo aproveitador Qualquer dia ele toma um surreiro E sai do terreiro naquela de horror Vovó veio do cativeiro Pra fazer a caridade Mas não quer filho de Terra Abusando da sua bondade Ela é de Bahia, ela é feiticeira Ela vence a demanda Respeitada na mesa de umbanda E em todo lugar Vovó falou Que vai dar um coro nesse fim de feira Eu só sei que de qualquer maneira Esse nêgo vai ter que pagar Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar (vai me pagar) Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar (vai sim) Ele tem que pagar (dá uma fitada) Esse nêgo vai ter que pagar (pa' vovó) Ele tem que pagar (dá uma fitadinha pa' vovó) Esse nêgo vai ter que pagar (oi, oi, oi, oi) Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar Ele tem que pagar Esse nêgo vai ter que pagar