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Ricardo Stéfano - Gracias Madre lyrics

Artist: Ricardo Stéfano

album: Gracias Madre


Salve Dona Luzia!
Muito obrigado mãe!
Por ter gerado e salvado a minha vida
Só luta, sem armas, sem teto, sem terra
Na guerra, que cala e enterra
Quando mulher preta erra
Ela é uma Fera
Tomou o controle do teu ventre livre!
Em Wakanda, na umbanda
Sem live, só love
Sua prole é aquilo que ainda te move
Preta guerreira disse que eu devo e mereço sonhar
Voei, e voo alto enquanto enxergo teus olhos brilhar
Te digo
Se não fosse por ela
Era certeza de mico na tela!
Sem dinheiro, carro alugado
Em outro trap mentindo
Com simulacro
Fazendo feio mais um cosplay de bandido
Por outro lado
Se não fosse por ela
Era mochila, lotada de droga
Com cara amarrada em outra cela lotada!
Com advogado pilantra deixando desamparada
Seis prometeram e não cumpriram
Ela buscou sozinha
Furou a bolha do machismo
Ela provou que tinha
Mente forte, corpo são
Ela venceu pela força do coração
Uma negra três crianças nos braços
Guerrilheira na floresta de concreto e aço
Abelha rainha
De um pequeno império
Desbrava a terra buscando ouro e minério
Sério!
Meus planos, tuas regras
Se vai pra rua tem que levar blusa
Se vai pra luta
Tem que levar guarda chuva
Manda quem pode
Obedece quem tem juízo
Riso, pouco presente
Mas me sinto agradecido
Vivo me encontro
Matando uns monstros só pra te dar orgulho
Poesia acordar 6 da matina com outra mensagem:
"Se cuida na rua, policia mata!"
Cuidado com as tatuagens
Gracias madre!
Por ter inspirado não buscar o fal
Gracias madre!
Sou grato a cada madrugada
Acordada em hospital!
Gracias madre!
Por toda graça alcançada
Por cada peso de fardo que carregava
Faxina, unha, corte e costura (hã)
Exemplo dado na selva da vida dura
Ilumina minha trilha
Matriarca!
Exemplo eterno pra nossa matilha
Milhas e milhas em outras ilhas
Suas filhas se tornam rainhas
Cada castelo, em cada mistério
A resistência contorce e transforma o ferro
Três elos, nove netos, um bisneto
Formam a corrente
De toda fonte de bondade que ela dedicou pra gente
É quente!
Tantos copos de veneno na rua me ofereceram
Com ela no topo da quadrilha
Nunca me alcançaram e nem me corromperam
Assumo!
Uma pá de vez troquei tua voz
Pela a de algum amigo
Pelo caminho
Deu
Pra entender com tua partida
O quanto eu estava falando sozinho
Só prometa que nunca
Vai desistir de mim
Tem uma pá de hiena
Rodeando e querendo meu fim
Tim tim
Um brinde pra tua história como de costume
Sublime
Só com três cenas da tua vida já daria um filme
Um Oscar, mansão com limousine
Nada vale o tanto
Que você suava em campo
Sem se perder no pranto
Se dedicava um tanto
Bate cabeça ao santo
Mãe
Corinthiana nata!
Sem química ou gramática
No fundo de uma fábrica
Ela aprendeu na prática
Que o amor vem da saudade
Jamais se guarda em banco
Tem lógica ou comando
Abraçada com louco
Do mertiolate é o sopro
Encontrado nas mágoas
Nas dores das diásporas
Vivência não suprida
Do barco o remo é vida, numa rua sem saída
Brilhante não quebrado
Aceita o falho e o fardo
Recicla mais que Plastico
É amarelo, preto ou branco
Dedicação é um manto
Um dia ainda te encontro
Te amo enquanto eu canto
Te encontro enquanto eu canto
Te encontro no meu pranto
Te amo enquanto eu canto
Te encanto enquanto canto
Gracias madre!
Por ter inspirado não buscar o fal
Gracias madre!
Sou grato a cada madrugada
Acordada em hospital!
Gracias madre!
Por toda graça alcançada
Por cada peso de fardo que carregava
Faxina, unha, corte e costura (hã)
Exemplo dado na selva da vida dura
Ilumina minha trilha
Matriarca!
Exemplo eterno pra nossa matilha
Gracias madre!
Por ter inspirado não buscar o fal
Gracias madre!
Sou grato a cada madrugada
Acordada em hospital!
Gracias madre!
Por toda graça alcançada
Por cada peso de fardo que carregava
Faxina, unha, corte e costura (hã)
Exemplo dado na selva da vida dura
Ilumina minha trilha

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