La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la,la-la-la-la!
La-la, la-la-la-la-la!
Hoje é dia de finados, vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados, vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Dois de novembro, céu nublado, carregado
Ao lado do túmulo relembro o chegado
A garoa no meu rosto se mistura as lágrimas
A lembrança de vidas que foram arrancadas, precocemente
A maioria inocentes ou não
Quem somos nos pra julgar ou derrubar um irmão
Cemitério lotado, parente revoltado
Quem foi disse que o crime adiantava ao lado
Mas é assim o dinheiro fácil ilude
Faz nascer a ganância e o seu lado mais rude
Patuções a esperança, a inocência, a decência
O ser humano é decadência, pede clemência
O socorro não chega milhares de vítimas
Todo dia, na periferia, alguém perde a vida
Deus seria um salvador, um pastor, um pecador
O mais puro amor, Jesus Cristo, Nosso Senhor
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Dia de finados, flores, velórios, cortejos, famílias
Delegacia, obtuso, morte natural aqui não é tão mal
É assim mesmo uma comedia da vida real
Química pesada, periferia armada
Construção do viaduto não utiliza da bala
Mas que nada, pensam que somos lixo
Jovens frustrados escravos do vício
Cemitério São Francisco, graminha
Campo da Esperança ou Planaltina
Vidas perdidas na batalha eterna
Corpos encontrados vítimas da guerra
Você foi uma delas que hoje eu venho lembrar
Em sua memória acendo uma vela para recordar
Meu irmão um dia eu vou te encontrar
Infelizmente hoje só resta uma cruz
Um caixão, rosas, orações a Jesus
Pra que em paz você possa descansar
E um dia de finados pra vim te visitar
La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la,la-la-la-la!
La-la, la-la-la-la-la!
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Quem me dera se meu verso fosse feliz
E meu poema alegre fizesse sorrir
Mas não meu irmão, os mortos não revivem
O ritmo é lento e a poesia e triste
Falar de morte, luto, cortejo, saudade
Pessoas que se foram por atos covardes
E por ingenuidade se envolveram na vida do crime
Melodia dramática, o som do sino no ringe
Não citar nome na letra é só mais uma homenagem
Aos irmão da favela com o nome escrito na lápide
Se hoje você chora a perda de alguém
Reze por sua alma, que Deus o tenha, amém
Hoje só mais um dia, a vida continua
Fica então a saudade e a musica das ruas
Ande na procissão, aqui carrega um caixão
Ofereça na rádio como se fosse oração
A letra escrita baseada em memórias
Em pessoas que tiveram o seu dia de glória
Lembrados ao som de Gugo Cashirima
E a voz do atitude feminina
Ah-ah-ah-ah-ah!
Ah-ah-ah!
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mas olha a consideração até depois do fim
La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la,la-la-la-la!
La-la, la-la-la-la-la!
La la la la la la la la
La, la-la-la, la-la!
La, la-la-la,la-la-la-la!
La-la, la-la-la-la-la!
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