Livre como o vento na figueira Livre como o frio e o calor Livre como o som das corredeiras Livre como a luz e como a cor Há de se encontrar a liberdade Não há vida sem estar de prontidão contra as prisões Viajar, viver nossas verdades sem temer cada maldade Os nossos medos são iguais Livre como a dança e o teatro Livre como o mágico e a atriz Livre como a praça e o palhaço Livre como o filme e como o giz Há de se tocar a liberdade Há de soar pela cidade como bate um coração Ao ouvir passar a mocidade Todos vão querer dançar em par o samba e o baião Livre como a morte mais tranquila Livre como a raiva e o pavor Livre como o riso e a alegria Livre como a fé e como o amor Há de se sentir a liberdade Encher o peito feito o ar que nos inspira a viver Folhas a voar na tempestade Nossas vozes quebram grades, livre, esse mundo há de ser Livre, esse mundo há de ser