Lobo, está aí? Estou, ovelhinha Você está triste? Sim, estou Qual a sensação? Me conte De uma longa caçada sem morte Você não pode escapar do abraço do fim, então A luz e a escuridão Misericórdia estende sua mão Mas se você tentar correr Um bom final, você não vai ter Quero ver pra onde vai fugir Quando se vê diante a impiedade E onde quer que a ovelha fosse O lobo sempre a seguia A poeta e a fantasia Realidade e mentira A lâmina mais afiada leva a uma morte serena Corra se puder... Porquê se eu te pegar a morte será lenta! O dia sempre se transforma em... Comida! Para nós ou para eles? Afiada pra cortar o véu entre a vida e a morte Corte mais fundo! Desfaça as armaduras deles Mesmo que o destino nos cace hoje Quando nos vê, será tarde demais E como no formato de Yin-Yang Os opostos se atraem! Pois não adianta cada tentativa Quer negar a nós Negue então a próprias morte É melhor você tentar se esconder Pra correr de nós vai precisar mais do que sua sorte Então o abraço branco do nada E o ranger de dentes no escuro Saiba que tudo isso acaba agora Então ovelha, me conte uma história Houve Outrora, um homem pálido com cabelos negros que estava muito sozinho Por que estava sozinho? Tudo que existe precisava encontrar esse homem Então, afastaram-se dele Ele perseguiu tudo? Ele dividiu-se em dois, com um machado, bem ao meio Para que ele sempre tivesse um amigo? Para que ele sempre tivesse... um amigo E quando o limite da vida chegar Você vai escutar A trombeta soar Distintos sim, mas são inseparáveis Nós somos um oposto A divisão de duas faces Nunca um, sem o outro Você vai negar (Você vai negar) Você vai negar a morte? Não adianta tentar (Não adianta tentar) Hoje acabou a sua sorte Quem é o próximo?! Todo mundo Preparados estamos pra uma bela caça A penumbra eterna lhe chama Corra agora! Pois no final, toda vida é temporária Porém A existência de uma terra onde não somos bem-vindos No além Espectros atormentados não conseguiram achar o seu caminho Entendemos sua solidão, mas Fique longe! Onde não adentramos o que se esconde Tudo consome Não há luz sem a escuridão Não há alegria sem tristeza Não há coragem sem o medo Não há força sem fraqueza O laço vermelho representa a vida O choro de uma donzela caindo no chão O abraço frio do emissário da morte Então venha, e aconchegue o seu coração Você prefere o que? A perseguição do Lobo ou a minha flecha? Pois sou a Ovelha para o Lobo E eu sempre o Lobo pra Ovelha Saiba, não tem saída, é o teatro da vida Espetáculo sem final Até o fechar de cortinas Glória, vida, escuridão (Não ouse recusar) Nesse mundo há apenas grão (a mão a ti estendida) Irão sentir e imaginar (A mesma coisa que veio a ti) O fim é apenas parte da jornada! (Pode ser perdida) O branco, silêncio, vazio, a escuridão Por agora, saiba, gostamos da encenação Mas hoje é o dia pendente Avisamos assisti-la até vê-la novamente E quando o limite da vida chegar Você vai escutar A trombeta soar Distintos sim, mas são inseparáveis Nós somos um oposto A divisão de duas faces Nunca um, sem o outro