Antes uma tomenta que essa calmaria Nada se move até onde se alcança o olhar Nesse chão de água, liso, quieto, nada Aqui se tem para fazer se não ventar Eu ando em círculos em volta do meu posto Penso se é hoje que eu volto a fumar A cicatriz me doí no peito e em meu rosto Sinal de que não tarda a trovejar... Eu ranjo os dentes, ando de um lado a outro Faço mil planos só pra depois rasgar Tá tudo tão parado e quieto aqui a bordo Alguém aqui precisa ferir, sangrar Mas chega de lamúrias nessa barca imunda Já é tarde, e me cansei de rosnar A fim de descobrir quem bóia e quem afunda Podem atirar todos ao mar!