Passe um café amargo Acenda o meu cigarro E cante para mim uma canção atroz Do tempo de seus bisavós Com voz de quem molhou os olhos Numa tempestade ♪ Passe um café amargo Acenda o meu cigarro E cante para mim uma canção atroz Do tempo de seus bisavós Com voz de quem molhou os olhos Numa tempestade Eu tento tanto, meu amor Mas nunca posso Lá fora está chovendo há horas E eu aqui secando ♪ Cante para mim um tango Acenda outro cigarro E faça com que a noite Não desabe em nós Do um jeito que eu bem conheço Quando ela é feroz Com garras finas afiadas E cruéis mordidas Eu fico tonta De tanto pensar na vida Às vezes quero a despedida Desse mundo farto! Farto! Farto! ♪ Passe um café Passe um café Passe um café Passe um café Amargo, amargo Amargo