Direto do Nordeste do Brasil Somos justiceiros errantes Bandidos por necessidade Roubando pra ajudar o quanto antes Roubando daqueles que tem demais Somos cangaceiros Enquanto os homem tudo correndo atrás Atire primeiro Mas não, ele tá desarmado Não esqueça, 'tamo pela grana Nós 'tamo pela grana Sem perder tempo, começamos a nossa fuga Não esqueça, nós não estamos aqui pela matança Uma troca de tiro, um disparo eu sinto Maria Bonita tomou a bala por mim Ela tá ferida, vários cavalos vindo A fuga é um sucesso, o bando conseguiu fugir Como me assustou, não faça isso de novo É uma grana boa que vai voltar pra cada pobre bolso Lareira pra repousar, um pesadelo me vem logo No mei' da noite ao acordar Todos os meus amigos mortos! Meus irmãos, Maria, veneno leva tua vida A marcha dos cavalos, Coronel tem companhia Preciso correr e pensar no que eu faço A culpa é sua, traidor desgraçado! Então não se atreva a falar o nome dela Na caverna uma tragédia Executado Minha cabeça no chão Servi de sacrifício? Onde tá o Lampião? Poesia clara, agradeço a oferenda No meio da noite clara, uma criatura horrenda Eu tô de volta na terra, uma terra que seca Minha forma não tá completa Eu vejo o terço dela Então nada foi um sonho? Tá vivo por minha culpa Quem é você, monstro? Me alimenta que eu te digo Em meio a seca, juramento Eu vou matar o Coronel Sossega o faixo Que eu vou te dar a carne podre no caminho Rei do Cangaço Histórias do Sertão E é nesse sertão que eu vago Me chamam de Lampião Perdi a cabeça Amaldiçoado E antes que amanheça Vai ter chumbo trocado Assim sigo vagando, o monstro perturbando O meu juízo não para um segundo sequer No caminho parando, pessoas ajudando Tá atrás da sua filha? Procuro uma mulher Emboscada, pensam que poderão me matar? O Coronel, não me digam Vocês sabem onde ele tá? Então não me resta escolha Calado, fica aí! Calado uma porra! Você não pode sair! Quando a criatura liberta Se perguntam se isso é um demônio E quando eu aniquilo todos Perguntam se isso é um monstro O terço no meu pescoço me impede, afinal Mas veja o que acontece se eu liberar esse mal Então corram de mim, eu não mais um cara bom Olha minha cicatriz, eu carrego uma aberração Em meio a tiro de espingarda Um povo que não tem nada Surge o herói do Sertão Pra fazer o certo de uma maneira errada Se fazem os melhores contos em volta da fogueira Sobrenaturais monstros no caminho, não se esqueça Vago o meu caminho por todo esse sertão Bem, eu já perdi a cabeça e querem a cabeça do Lampião Rei do Cangaço Histórias do Sertão E é nesse sertão que eu vago Me chamam de Lampião Perdi a cabeça Amaldiçoado E antes que amanheça Vai ter chumbo trocado Rei do Cangaço Histórias do Sertão E é nesse sertão que eu vago Me chamam de Lampião Perdi a cabeça Amaldiçoado E antes que amanheça Vai ter chumbo trocado