Pôs o café na mesa; na hora, em silêncio, Sentou-se curvado e longe de tudo Tragou o café e bebeu, mudo, o cigarro Sentindo o quanto é pra nada Estava ali com o vazio por perto E nos olhos incertos, não havia um porquê Estava ali, seco como um deserto Só estava ali, estava ali Apenas assim que deveria ser (Soluço engasgado de nó na garganta) Mais uma vez viu que havia chegado (Onde perdia o que nunca tinha encontrado) Bebeu o café embaixo da mesa Na hora, em silêncio, calou um grito rasgado Estava ali, seco como um deserto E nos olhos incertos, não havia um porquê Estava ali com o vazio por perto Só estava ali, estava ali Estava ali com o vazio por perto E nos olhos incertos, não havia um porquê Estava ali, seco como um deserto Só estava ali, estava ali