Eu sou a viola tinindo Alegria do sertão Para o povo que eu canto Eu não sou decepção Para a mulher que me ama Eu não sou desilusão Longe dela sou saudade Perto dela sou paixão Na igreja sou um santo Na mata sou um leão Pras crianças sou um doce Pra quem erra sou perdão No garimpo sou diamante Sou o zape na trucada No terreiro sou o chefe Despacho na encruzilhada Sou foguete no espaço Nos versos eu sou poesia Cantando falo o meu nome Sou caboclo ventania ♪ Sou veneno e sou remédio Pra qualquer ocasião Para o forte sou a lei Para o fraco proteção Na guerra eu sou a morte Não tem outra solução Na justiça sou verdade Não troco de opinião Sou pancada e sou cadeia Para o covarde ladrão Sou castigo e sou carrasco Pra quem matou sem razão No garimpo sou diamante Sou o zape na trucada No terreiro sou o chefe Despacho na encruzilhada Sou foguete no espaço Nos versos eu sou poesia Cantando falo o meu nome Sou caboclo ventania