Quando a lua sertaneja Vem dar um passeio na grande cidade Faz com que os sertanejos Aqui residentes chorem de saudade A lembrança do passado É a dor mais triste de todas que há Ai, meu Deus, quanta saudade Da simplicidade das moças de lá Moças simples do interior Linda camponesa, rosto sem pintura Quanta singeleza nessa criatura Anjo de candura que houve seus pais Que Deus te conserve sempre Com os seus costumes interioranos Pois tenho receio que mudem seus planos E daqui uns anos não existas mais ♪ Não esqueço as caboclinhas Que através da vida vi em meu caminho Ai que noites de luar Na areia branca do Rio Douradinho O caboclo de verdade Não esqueça a terra que lhe viu nascer Mesmo tendo quase tudo Não existe estudo que o faça esquecer Minha gente sertaneja Em nenhum instante será esquecida O sertão distante, ó gente querida Que nunca na vida seja abandonado E as moças do interior Imagens perfeitas da fidelidade Aceitem lembrança do irmão da cidade Que chora a saudade do sertão amado