Meu carro não canta mais Nas estradas do sertão Carro de boi foi trocado Por carreta e caminhão Transportando o tal progresso Produto de exportação Ninguém se olha no espelho Olhos vermelhos da poluição ♪ Quem sobe um pouco na vida Esquece de olhar pra baixo Os amigos e parentes Só lhe servem de capacho O dono que compra ouro Malandro que vende tacho A mim os dois não engana É tudo banana do mesmo cacho ♪ Me sinto tão pequenino No mundo que não é meu O povo que corre, corre Atrás do que não é seu Lutando e fazendo guerra Ganhando o que ninguém deu Morando em arranha-céu Pertinho do céu, tão longe de Deus