Num sombreado de figueira De sobre lombo a coxilha Sorvendo o mate consolo Na querência do pensar Ali se fez horizonte Fez-se reponte de vida E agora se faz perdida As ânsias de seu matear Chaleira ferve na mente, um brazeiro em seu olhar O coração a queimar a erva pura do amor É a própria falta da flor, que perfumava o lugar Por testemunha figueira ficaram folhas no chão Parece sentir saudade, que sinto em meu coração Centenário são teus dias, sombreando nosso rincão Foste um céu de brisa mansa, foste a paz de uma união Foste capela de um sonho onde me encontre tristonho Nas preces de uma paixão Aqui me encontro figueira Pra relembrar nosso amor Se faz calar minha dor Me recostando à teu lado Por entre galhos do céu O azul mais belo revela Era azul os olhos dela Por quem vivo apaixonado