Maria do monte, nascida e criada Na encruzilhada que fica defronte da fonte sagrada A lenda é antiga, mas há quem a conte Que descia o monte uma rapariga Pra beber na fonte. E àquela hora por ela marcada de noite ou de dia O chico da nora na encruzilhada esperava a Maria Seguiam depois, bem juntos os dois, ao longo da estrada Matar de desejos, a sede com beijos Na fonte sagrada. Mas um certo dia, como era esperada Na encruzilhada não veio a Maria à hora marcada Seus olhos divinos pra sempre fechou Aldeia rezou, tocaram os sinos E a fonte secou. E àquela hora por ela marcada de noite ou de dia O chico da nora na encruzilhada esperava a Maria Mas oh, Santo Deus, escureceram- se os céus, finou-se a beldade E diz- se no monte que a velhinha fonte Secou de saudade. Mas oh, Santo Deus, escureceram- se os céus, finou-se a beldade E diz- se no monte que a velhinha fonte Secou de saudade.