Tempo inverneiro a geada branqueando Um mate acordando mais um amanhecer E a "Dina" aperta os arreios, pelego branco Pra o ofício santo de ensinar quem não sabe ler Pé no estrivo direito ao colégio Um magistério no pedregulho da estrada E a professora troca rédeas pelo giz Ensinado o B-A-BA pra gurizada O baiozito até parece que gosta Escarceia quando vê a criançada E a "Dina" montada mostra a essência Dessa querência nos foles da Encruzilhada Foram assim longos anos de invernos e verões Ensinando gerações num rincão esquecido O que seria de tantos sem a madrinha das aulas Mais pobres nas jaulas de algum povoado enlouquecido A "Dina" e seu baio, nos foles da Encruzilhada Era mestre, merendeira, diretora. Sempre presente no casebre amarelo Pompílio Xavier o nome do colégio E muitos formados com um canudo singelo Aposentou-se o baio já não existe Um vazio triste no aroma das vassouras Sorrisos singelos na inocência das crianças Ensinamentos legados da professora Foram assim longos anos de invernos e verões Ensinando gerações num rincão esquecido O que seria de tantos sem a madrinha das aulas Mais pobres nas jaulas de algum povoado enlouquecido A "Dina" e seu baio, nos foles da Encruzilhada A "Dina" e seu baio, nos foles da Encruzilhada