O povo trabalha O povo não é calão Ao contrário daqueles Que tiram cursos à pressão Saltam de cadeira Como quem muda de camisa Jogam á defesa é autocarro na baliza E o tempo vai passando E os luxos vão ficando Mas até quando, até quando! Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Divide o pão partilha Ajuda não humilha Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Os doutores inauguram Vão a mercados vão a feiras Tiram a gravata Escondem as peneiras Com um discurso, um abraço Mais um aperto de mão O teatro está montado Abriu a caça ao parvalhão E o tempo vai passando E os luxos vão ficando Mas até quando, até quando! Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Divide o pão partilha Ajuda não humilha Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém E o tempo vai passando E os luxos vão ficando Mas até quando, até quando! Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Divide o pão partilha Ajuda não humilha Não há tachos para todos Não há tachos pra ninguém Está tudo mal Não há papel Nem para comprar o farnel Nem para ler o jornal Meter o filho na escola Beber uma jola Abanar a carola Isto não é vida para ninguém Uns com tanto e outros sem Eu amo, Eu adoro o meu país Mas por favor Deixem-me também ser feliz