Quantos cardos cerra a mão? Quantos sonhos e palavras, tudo em vão? Sei, sei, sei que foste Mas não sei para onde vais Nesta mágoa feita em tábua assente Na água parada, a sonhar com a nascente Diz-lhe que não O planeta roda Não te arrastes tu com ele Esta noite, teu chão Puxa o travão comigo E não deixes que a manhã chegue Sou o rosto ao teu altar Mas o teu corpo não deixa esta luz entrar Quem tem tanto para deitar tudo a perder Sobe ao barco e vai contra a corrente E traz o passado de volta ao presente Diz-lhe que não O planeta roda Não te arrastes tu com ele Esta noite, teu chão Puxa o travão comigo E não deixes que a manhã chegue Diz-lhe que não O planeta roda Não te arrastes tu com ele Faz desta noite o teu chão Puxa o travão comigo E não deixes que a manhã chegue Diz-lhe que não Diz-lhe que não Não deixes que a manhã chegue Não deixes que a manhã chegue