O meu espelho tem a dimensão A dimensão exata pro culto do ego e pra sentir tesão Não tenho coração Pra dentro da razão Que sempre me afasta de gozar o resto O resto é transação Da ficção altruísta e da mutilação Do que sobrou de então Não tenho coração Pra dentro da razão Que sempre me afasta de gozar com as mãos Estou de saco cheio E não desejo mais do que saber porque violão todo resto Não tenho coração Pra dentro da razão Que é só o que cultuam dentro desse tédio Estava eu, surdo, quando admitiram que eu estava certo E aquele que não falou, mas estava junto É porque curte o tédio