Eu sou a voz que clama, eu sou O povo sofredor O grito de socorro Eu sou a voz do povo Eu vou olhando para o céu De lá vem solução Derrama por favor Porque aqui embaixo o amor já esfriou Pandemia, Guerra Fria dentro da televisão Na favela a gente sofre sem saúde e sem educação Preconceito e política dividiu uma nação E a pureza da criança enterrada no caixão Quem precisa não tem pão Quem precisa não tem pão Quem tem pão não dividiu A verdade do Brasil Nem só de pão viverá o homem Mas a palavra pode transformar O coração é a terra fértil Tem que regar para germinar O amor é a fonte Precisamos praticar E parar de tanta hipocrisia Porque o remédio é amar E parar de tanta hipocrisia Porque o remédio é amar Hipocrisia é querer que a gente Acredite no Brasil da propaganda da margarina Não é o que a gente vê, né?! Não é o que a gente vive Barulhos ecoam do alto do morro, São tiros, ruídos, gritos de socorro, Lobato que trouxe a Eugênia pra Noiz, Racismo velado a mente Albatroz Fugir é impossível com a alma sangrando Grades invisíveis e o amor esfriando, Plantaram em nós essa falsa esperança E deram um boot em nossas lembranças Kichute no pé e a inocência no peito, No chão de cascalho tô daquele jeito, Ajuda empurrar que só pega no tranco e Ache a simetria entre os nulos e os brancos Eu ouço choro das tia E os ronco das almas vazias Na esperança de que a pátria amada Volte ser gentil como ela foi um dia... Nem só de pão viverá o homem Mas a palavra pode transformar O coração é a terra fértil Tem que regar para germinar O amor é a fonte Precisamos praticar E parar de tanta hipocrisia Porque o remédio é amar E parar de tanta hipocrisia Porque o remédio é amar Eu ouço choro das tias E os ronco das almas vazias Na esperança de que a pátria amada Volte a ser gentil como ela foi um dia... Volte a ser gentil como ela foi um dia...