Ela é poesia Eu agradeço todo dia Que a tristeza dessa vida Me ensinou a ler Ela não é mineira, mas é desconfiada Às vezes lua cheia, mas nunca saciada E como poesia, só não achava linda quem não a entendia Oh, geminiana, eu já te vi chorar, eu já te vi sorrir Eu já te vi tentar catar os cacos antes mesmo do copo cair Oh, geminiana, eu já te quis no céu e ainda te quero aqui Eu já te vi tentar voar mesmo com medo de poder cair Mas vem, me dê a mão Que se for chão nosso futuro, que seja Mas que seja junto E se for escuridão Num quarto a gente acende um magenta com ciano E fica tudo bem Oh, geminiana eu já te vi mudar, eu já te vi crescer E eu sei que às vezes dói demais não saber o que vai ser Oh, geminiana, eu já te vi lutar, eu já te vi vencer Mas eu sei que às vezes dói demais não saber o que vai ser De nós... De nós (de nós, de nós) A tua ausência me enlouquece Até quem não te conhece te vê em mim O teu sorriso me acalma, me abraça pela alma E eu sei que vai ser sempre assim Oh, geminiana eu já te vi sonhar e até te vi querer Fugir pra uma cidade onde cabe a tua vontade de viver comigo Comigo, comigo (comigo) E quanto mais o tempo vai ter que passar? E quanto o tempo passa eu vou me acostumar E quanto mais o tempo passa, o tempo vai se esgotar Mas o que há o tempo pra quem sabe amar? O que há o tempo pra quem sabe amar? O que há o tempo pra quem sabe amar? Por onde o tempo passa se o tempo é de pensar? Me diz, o que há o tempo pra quem sabe amar?