E por mais inevitável que pareça a cruz
Se livre disso
Descarreguei o peso no blues
E não é comigo
Eu marcho na estrada corrompida
Pra terra prometida
Onde as guerras são antigas
Canções, lições de vida
E eu saí de casa com 16
Ganhei meu diploma na rua
Nas área' mais densa que Deus fez
Ou que Deus deixou ser
Eu cerquei meu terreno na duna
Onde não deveria crescer uma
Favela e diziam que já tinha dono
Choveu viatura com bomba de gás
Mas não teve jeito, era gente demais
E se o preço do sangue nos jornais
Supera o preço e o despejo
Não tem lucro, só o desprezo valeu o preço
E eu andei, nego
Em marcha, marcha pra terra prometida
Se a estrada não valer a viagem
Guerra foi minha vida
E a gira, gira, gira, gira
Gira, Giramundo
Gira, gira, gira, gira
Gira, Giramundo
Uns ano' depois
Mais ou menos 2006
Vendendo minha mixtape
A todo vapor, e o barulho que eu fiz fez
Vários cara tremer
Eu notei que era minha vez
Memo' sem espelho
Ter que fazer o que ninguém fez
E ser o primeiro
Ma' o baguio' é mais denso que isso
Capital do homicídio, a selva de pedra
Eu num' tô falando de concreto
Outro tipo de brita
Cê levanta alicerce pra seis casa
Com três quilo, esse tipo de brita
Sempre armado com três chapa'
Esse tipo de vida
É o que movimentava na área a grana
Esse tipo de fita
E se lixo que toca na rádio é o que vira
Eu não sou um artista
Eu e Gallo na quadra do morro
Pensando mil fita
Se pá, até meter uma bilheteria
De um desses artista'
Ó que fita
E gira, gira, gira, gira, gira
Giramundo
Bandida vida
O que eu posso fazer
Pra ser seu vagabundo preferido?
Andei em êxodo por tanto lugar
Cruzei os beco' e uns moleque' bom de luta
Provei o amor sem medo de amar
Num barraco de pau, num motel classe A
Numa praia sem mar, ow
Coquetéis classe, foi' mais estradas de piçarra
Cê num' sabe das ladeira'
Que eu subi pra chegar
Ainda insiste em julgar
Ah, cala a boca e sente o peso
Quando eu pego o mic
Não treto com MC's, eu desafio os deuses
Mãe, perdoa eu não ter medo do meu erro
Se o meu erro é não ter medo
E querer tudo do meu êxito
O meu êxodo é pra terra prometida
Por mim memo'
E meu espírito e por que não?
Com meu bolso cheio das verde'
E meu epílogo de vida
Se a guerra me for eterna
Que minhas cinzas envenenem
Os covardes em volta dela
Os medíocres em volta dela
Fascistas e seus hipócritas
E eu volto toda vez
Que recitem minhas rimas póstumas
Se livre disso
Descarreguei o peso no blues
E não é comigo
Eu marcho na estrada corrompida
Pra terra prometida
Onde as guerras são antigas
Canções, lições de vida
E eu saí de casa com 16
Ganhei meu diploma na rua
Nas área' mais densa que Deus fez
Ou que Deus deixou ser
Eu cerquei meu terreno na duna
Onde não deveria crescer uma
Favela e diziam que já tinha dono
Choveu viatura com bomba de gás
Mas não teve jeito, era gente demais
E se o preço do sangue nos jornais
Supera o preço e o despejo
Não tem lucro, só o desprezo valeu o preço
E eu andei, nego
Em marcha, marcha pra terra prometida
Se a estrada não valer a viagem
Guerra foi minha vida
E a gira, gira, gira, gira
Gira, Giramundo
Gira, gira, gira, gira
Gira, Giramundo
Uns ano' depois
Mais ou menos 2006
Vendendo minha mixtape
A todo vapor, e o barulho que eu fiz fez
Vários cara tremer
Eu notei que era minha vez
Memo' sem espelho
Ter que fazer o que ninguém fez
E ser o primeiro
Ma' o baguio' é mais denso que isso
Capital do homicídio, a selva de pedra
Eu num' tô falando de concreto
Outro tipo de brita
Cê levanta alicerce pra seis casa
Com três quilo, esse tipo de brita
Sempre armado com três chapa'
Esse tipo de vida
É o que movimentava na área a grana
Esse tipo de fita
E se lixo que toca na rádio é o que vira
Eu não sou um artista
Eu e Gallo na quadra do morro
Pensando mil fita
Se pá, até meter uma bilheteria
De um desses artista'
Ó que fita
E gira, gira, gira, gira, gira
Giramundo
Bandida vida
O que eu posso fazer
Pra ser seu vagabundo preferido?
Andei em êxodo por tanto lugar
Cruzei os beco' e uns moleque' bom de luta
Provei o amor sem medo de amar
Num barraco de pau, num motel classe A
Numa praia sem mar, ow
Coquetéis classe, foi' mais estradas de piçarra
Cê num' sabe das ladeira'
Que eu subi pra chegar
Ainda insiste em julgar
Ah, cala a boca e sente o peso
Quando eu pego o mic
Não treto com MC's, eu desafio os deuses
Mãe, perdoa eu não ter medo do meu erro
Se o meu erro é não ter medo
E querer tudo do meu êxito
O meu êxodo é pra terra prometida
Por mim memo'
E meu espírito e por que não?
Com meu bolso cheio das verde'
E meu epílogo de vida
Se a guerra me for eterna
Que minhas cinzas envenenem
Os covardes em volta dela
Os medíocres em volta dela
Fascistas e seus hipócritas
E eu volto toda vez
Que recitem minhas rimas póstumas
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