Folhas secas na calha Represaram minh'alma Quando o corpo se arrasta Pra não morrer na enxurrada Toda a dor transbordou Jogo a lenha no sol Pra fazer meu andor Carregar o que sobrou Folhas secas na calha Represaram minh'alma Quando o corpo se arrasta Pra não morrer na enxurrada Toda a dor transbordou Jogo a lenha no sol Pra fazer meu andor Carregar o que sobrou de mim Eu tô numa festa e as vezes eu prefiro ir pra casa sonhar, chorar e tal Que eu desaguei Quando alguém fala alguma coisa do tipo O outono de outrora chegou até mim Por embarcações que se parecem comigo Na beirada do mar, um presente encalhado De longe pude avistar Baú de alças peroladas, moedas de ouros, colares, coroas Espelhos, rendas, cartas Coisas que pesam Prefiro navegar sem âncoras Tudo que o universo conspirou pode ser ouvido no barulho das conchas Todos os segredos se desvendam Faz tempo que admiro o mar e ele está sempre esplêndido Pronto pra me puxar pra dentro Eu queria acordar numa ilha longe de mim mesmo, da minha mente e do meu esqueleto Eu tô numa festa e as vezes eu prefiro ir pra casa sonhar, chorar e tal Que eu desaguei Quando alguém fala alguma coisa do tipo Não vou arrumar minha cama Pode ser que eu não volte essa noite Posso ir embora por anos Mas fora desse mundo foi só um segundo que se passou Quando coloco a camisa estou pronto para coisas possíveis Quando fecho o portão e saio Se as ruas estão um abismo e os quarteirões em ruínas Não vou me desesperar Óculos de sol na cara Se eu tirar queimo tudo ao redor Nada em minhas fotos pode dizer as coisas que presencio E esse é o motivo que silencio Só meus olhos e meus ouvidos sabem porque sou assim ♪ Folhas secas na calha Represaram minh'alma Quando o corpo se arrasta Pra não morrer na enxurrada Toda a dor transbordou Jogo a lenha no sol Pra fazer meu andor Carregar o que sobrou Folhas secas na calha Represaram minh'alma Quando o corpo se arrasta Pra não morrer na enxurrada Toda a dor transbordou Jogo a lenha no sol Pra fazer meu andor Carregar o que sobrou de mim