Eu já tava de plantão Uns uivando para mim No olho do furacão Feito pedra, eu não tremi Eu não paro, sempre me levanto Quando subo levo o meu bando Pelas sombras eu ando, cê nem vai me ver Quase um vulto Estralei na pia Cozy no apetite Faz aí de cima, por terra seus manos persistem Marginais, guerrilha As ruas mostram suas gengivas Abandono, orla suja, mar morto Em carne viva, roxo, violeta Parecendo um prisma o gelo nessa codeína, o coração desse menino No tapete vermelho bati as cinzas, pisei com o tênis Puma preto Meus ídolos: meus joelhos Flexionam, suportam o peso, me jogam longe Corre quente Mesmo sendo frozen não derrete o bonde Saudade, dor, labuta audaciosa, força bruta Ela disse que era bruxa, vamo vê dessa mistura! Quando vi o mar se abrir Seres olhando pra mim Tubarões, redemoinhos Tempestade, abismo Arrombou a porta e me jogou pra fora, me tornou assim Fiz a nova Estralou no fogão e fez "trrrim" Pensei que era alguém ligando pra mim O som do crystal é assim Ossada que retorna à vida Emergiu Parecia presságio quando vi estampado no escombro o Syne O rio que corta minha vida não para de afluir Jovem de guerrilha, larga essa na pia Despacha lá pra família O príncipe Diamante extravagante ♪ Eu já tava de plantão Uns uivando para mim No olho do furacão Feito pedra, eu não tremi Eu não paro, sempre me levando Quando subo levo o meu bando Pelas sobras eu ando, cê nem vai me ver Quase um vulto