Arquiteto operário sobra Mãos à obra Implantando a execução da planta a mando da cobra Engenheiro que os assina Sistema que assassina Suplanta o ecossistema Cinza é o tema pra chacina Que dissemina o caos, o ódio e o desprezo Que ativa o DNA vaidade na atual vida nativa Maldade sem esquiva Salário sobrevida O precipício beiro nesse tabuleiro É só a ida Já que peão não retrocede Não cede, antecipa Se antecede a curva Neblina turva se dissipa Há tempos o coração é tripa Em meio a flora imposta O que vem de fora aflora Embora não ceda ás propostas Homem, que enquanto come se consome O sem nome fuma E os decretos ditam quem tem sobrenome Se acontuma Em suma: Lágrima, nervo e suor E o afago do sufoco é um trago de cada outdoor Chama essa laje de chão A cada passo seis tropeços Propício ao fracasso nesse jardim suspenso Carne e aço, universo denso Propenso a queda Penso e repenso no Supremo E o César na moeda Que paga a alma Que compra a pedra Vida quebra Regra morte vende a sorte Some o norte É forte, cega Sinal vermelho no farol Pedinte: Outro cerol Ferve o miolo E ouro de tolo ofusca o sol Cerveja, futebol Mulher vivendo em prol de ostentação Ilusão, jão, tilápia no anzol Carta na manga: Propaganda A desbaratinar Ruanda Zona de conforto é pouco enquanto os loko tanga Vida abaixo Sodoma, Gomorra "Que morra!", vislumbro É o que grita quem doma Há eras nessa atmosfera Que proporciona o mercado Que compra as presas e pagam as feras Na redoma Na soma a conta que o errôneo toma Céloko... Inferno astral vem à tona (Selva de pedra endurece o peito.) Não se iluda num demônio particular É bom lembrar, louco milênio, vilão é gênio A mando de cabeças matam você por dentro Catam seu oxigênio e te desacatam Vença! Sorrindo, amando e respeitando A vigilância é o mais sutil relaxamento