Devaneio: poeira alta só exita o receio Leio, visito e creio, olho pra baixo e tô no meio Lato, gorfo e gorjeio, algemado ao social no que Alguns chamam de acaso Conforme a esquerda interveio vi Pensei em sentir, sinto sem pensar, sem querer Já que é impossível de despistar a novela Quase real, mil cores e sabores... prove Mas publicamente ignore os odores Até ver na pupila a mágoa de cada alma Não se conter na carcaça e ter que manter a calma Sanatório ou monte... meu peito é o campo de batalha jão Quem bem interpreta o profeta pagão? Anseando a redenção na pseudo realidade E sequela não tentar morar com o coração nela Acordei e ainda tô deitado, amando quem tá dormindo Me sujando, me omitindo, apegado ao estar semeando Incumbência é outra fita... túnicas nem sandálias a mais Proverá! Já provê, não cessarei jamais Astúcia em cena, toma a algema, mais uma queda, não tema Noção no chão e a minha aversão é o dilema? Edema, carne viva a mazela da alma torta Só exponho... e me culpa memo se te conforta E assim se vê num velho rio, mais profundo e mais vazio No mesmo nada, cruz e espada, a caneta e a pena alada Trinta é o sangue da nação, descaso nosso Entre suor, amor, apego... o nosso coração Força do acaso, atraso, onde o eterno se faz mortal Mais real que a realidade, a condição desce a verdade Se o tratar é paranormal, umbral pro estado céu Véu que o emocional não suplanta, se planta ou não planta é réu Odores do fel, sabores do mal, onde é know how Ter que considerar maldade e redenção condicional