Paredes só se movem em dias de chuva Resulta em minha pele, árduo ar da luta, a dor flutua à noite Em massa, cobre toda a rua Vivo tão ausente, o presente acumula O vento se deslumbra junto com o futuro Detesto, meto a testa, mas não fujo do resto Confesso, um pouco tarde pro discurso Papel e caneta muda o curso, liberdade, desenhe o seu mundo Me avaliam em funções, sérias intenções Máquina ação, multidões em solidões Cenário teatral, me perco na arte expressiva Pra mim, tudo real depois da lágrima caída Só ouço a voz da verdade, só ela me ensina Há algo acima que me deixa mais forte ainda Palavra só agrada quando o ego se levanta Só quero a cura do meu ser com você, irmão Eu só penso em dias de chuva A cura do meu ser com você, irmão Sincero, o medo nos corrói Não impeço de ser claro, me trago dialeto bem completo Porque se for pra ser plástico, mano, eu não quero Me entrego em minha alma, e me sinto completado Mal interpretado, já acostumei com essa chuva Não me molha mais, não morro afogado Trabalhador honesto não ama a vida fútil Sustento além do cobre do puro da crosta tão volúvel Profetas de mãos calejadas, além da enxada Humano em fé faz da Terra ser brilhante Família é união, não importa a sentença Estamos aqui, na prontidão do erro e te esperando até o fim Irmão, eu só penso em dias de chuva