Marionetes de escritório, revolucionários de auditório
São céticos, utópicos, a mim contraditórios
Limitados á teoria, não me sensibiliza
Muita sutileza pra minha grosseria
Aprisionado à mania de analisar conflitos
Encontrar motivos, percebo, logo, existo
Pelo que tenho visto, o ímpeto é inevitável
Omissão, inadmissível, e o silêncio intragável
Porque não há cômodo que a injustiça não alcance
É difícil de entender, se ocê vê só de relance
O mundo abastecendo o inferno de louco
Já que o que você quer eu quero
E o que você tem pra mim é pouco
Toma seu comprimido de alienação
E tenta sorrir lembrando que essa foi sua decisão
Fingir ignorar o que te comove
Te incomoda, mas mudar tá fora de cogitação, né não?
Perfeito, enquanto durar o efeito
Liberto da consciência, acolhido pela ilusão
E essa é sua opção, diariamente
E o que mais me revolta
É o conforto com a situação, jan
E ao estalo quando seu vazio transborda
Metendo o louco si mesmo, fingindo que você concorda
Sente o peso, frustração à longo prazo
Se não despertar, virar vilão, não vai ser por acaso
Já que o acaso não existe, na Terra
Esse caso resiste, nós erra e ainda insiste
Consiste a vida, em fé e esperança pra ver condição
Nem vem que não existe! Ó só, persiste a acomodação
É triste, mas tá aí, nua e dita verdade
Pra se expressar não há liberdade
Mas não impede a minha expressão
Firmão? Mesma postura, mesma escrita
Outra conduta, urgente à luta
Pra universo a dentro edificação
Elevação da consciência, o mundo pede
Globalização, função de Ipad
Torna mais distante essa noção, evolução falsa
Que soa igual verdade no seu subconsciente alicia
O consciente denuncia
A distração, indagação da enganação
Só poesia, não, trago até você
Descaso deixar a mercê da má interpretação
Compositores progressistas, voam além das regras
Radicalistas, se doam em suas entregas
Sacro-ofício por mudança, sem muro nem anestesia
Ao foco, líderes, carece o tom sem cortesia
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