Da janela, eu vejo como a vida segue Ganho coisas que tão sempre ali, e ninguém percebe O semblante da senhora, cheia desse mundo louco Cansada, por trabalhar demais por tão pouco Enquanto isso, esperançosa, inocente A criança espera o pai ansiosa Pelo presente que não vem E acumula decepções, a esperança morre Sempre que alguém ganha as ilusões Se o mundo perde cor, gera dor, frustrações Pobre é um mediador que tomba seus leões Acreditar que a vida é mais que a sobrevivência Lutar, bater de frente, jogar na resistência Ir além do que os olhos podem enxergar Já que limites são fronteiras decidi atravessar Navegar, em busca de um sonho a realizar Pelos mares da realidade, tempestades enfrentar Pela honra, morrer, nunca me entregar No olhar, sincera a força pra recomeçar Na presença do luar, caminhar, seguir Deixo a vida levar, a fumaça conduzir Pensamentos, num lugar, onde eu não possa ir Me recordar sempre do que vim fazer aqui Da missão que assumi, extensão disso aqui Visão que adquiri conforme as coisas que vivi Aprendi a amar, por amor sofri Perdão pra quem fez chorar Gratidão pra quem fez sorrir