Orgânico RAPBOX Hey É um bá de cá É um ôxe de lá É um bá de cá É um ôxe de lá Nossas cores vão desbotar esse degradê Nossos genes vão se juntar de A a Z As raízes vão se enrolar como um crochê Brasileiro tem que manjar os paranauê Ritmo da rua sem pena de você Mexe o corpo porque bang bang não é bambolê Nossa levada se embola Os trovador na embolada Não temo a cura do ebola Mas temo a cura na escola Nego te fura na pura Quem te procura é pistola As viatura não atura Nosso cabelo de mola Vários guri no corola Outros guri na sacola Minha rima original Como gari na escola de samba Nóis é tupi e angola quem fecha é bamba O sol vai nascer É tempo pra viver Bote fé em você Levante a cabeça O sol vai nascer Dia iluminado É tempo pra viver Bote fé em você Levante a cabeça Não fique parado Não tem povo como a gente Essa mistura de tempero Que dá gosto de cantá De lá pra cá Daqui pro mundo inteiro Meu jeitinho brasileiro Olha que eu sou daqui Da terra da garoa Aqui tem muita coisa boa E muita gambiarra E mesmo assim eu vou cantar pra não me contentar Alguns fingem que não vê Outros falam sem fazer Alguns fingem que não vê O sol vai nascer Dia Iluminado É tempo pra viver Bote fé em você Não fique parado O sol vai nascer É tempo pra viver Bote fé em você Levante a cabeça Não fique parado Seria um tanto oportuno Como sonhar? se eu nem durmo Rotina louca diurna Se junta ao trampo noturno O segundo turno é soturno É boca de fome em boca de fumo A boca ainda canta E encara seu trava língua Vida vivida a míngua A morte encanta a dívida é tanta Fé com café, nó na garganta O pobre toma partido E toda ignorância é uma santa Meu côco é quebra queixo Quebrando o quengo no meio Dentro do alheio eu remexo O desleixo com o patrimônio O desfecho em fatos e fotos Dados remotos, gratos devotos Com o povo é só votos É medonho, é duído Enterraram um arquivo vivo Mataram os nativos E gritam independência ou morte Os índios são esquecidos Lá em cima o povo é excluído Esse mote perdeu o sentido O Brasil é um país sem Norte! Dia iluminado