És espaço onde tudo surge... És o pátio onde a grandiosidade quer brincar por isso esconde-te Em cada instante algo nasce, algo foge Parar não é morrer se o pensamento se move Começar novamente como a nuvem que chove Arrependimento molha como chuva que sobe Configuramo-nos na nossa visão Saber é renascer e ver, miopia tem correção Asas foram feitas para voar Criamos muros de vidro vivemos ao abrigo do mau estar És moinho no teu tempo, respira no teu ritmo Aceita o teu reflexo, no fluxo do teu rio Saboreia o presente como um gelado na mão Tens tempo... passado é transpiração Odiar é renunciar à paz por um motivo Será possível ser feliz sem ter um motivo Regressar, é voltar a ti quando te desvias Não te esqueças de deixar migalhas servem de guias Partilha a tua luz na vinda, quem iluminas Pintar um sorriso numa parede em ruínas Perdemos muito tempo a fazer equações A matemática da vida é escrita de emoções Quem desiste na escuridão não vê adiante Nada para o coração cuja alma é brilhante NÓS... perdemos tempo demais A desenhar a perfeição Batemos asas e voamos longe demais Olhamos para trás a vida cabe na mão TU... perdes tempo demais A dar corda à motivação O tempo também voa... não espera por ninguém Olhamos para trás a vida escapa da mão És vazio onde tudo enche... tudo cresce És noite fria onde a sabedoria se veste Pomar onde a árvore da vida floresce Crisálida onde a borboleta se mexe Respira fundo deixa que o tempo te afunde Quanto mais fundo vais mais o belo se assume Vaga-lume pirilampo onde a luz se refunde Somos alquimia, pote onde o ouro se funde Brilha... deixa que a magia te inunde Pólen... levado por um vento sem rumo Cronologia sem passado ou futuro Chama pura... que arde numa fogueira sem fumo És fruto que amadurece, espera não caias do ramo já Evolui cresce, ganha mais sumo Eu sei, és sonho que não acontece Espera mas não adormeças já... o tempo dá-te tudo Qual é a tua nota musical, o teu odor Onde guardas o que vives. Qual a cor da tua dor? Onde escondes o que não dizes, é teu... guarda-o... Abrir a boca sem razão dá um paladar amargo O teu poço tem fundo, não o enchas com ambição O teu coração é um cofre mas não tem combinação Dá um passo e deixa a tua marca no espaço e no tempo A máquina que move a vida é o sentimento