Está aqui chama-se A Crise Eles roubam o nosso dinheiro, porque... eu... Em coisas que nem sequer a gente vê Há pessoas de baixa A pessoa não tem em que trabalhar Ver que não 'tá a conseguir trabalhar Volta p'ra baixa e cada vez tem baixa mais baixa ♪ Let's go Nunca foi fácil ter paka à vontade Se o homem que me paga, dorme e caga num palácio Da Tuga até ao Brasil o mínimo é o máximo A dívida é o clássico e o líder é um básico E mente, basicamente gama A malta quando falta grana Só p'ra ter um Audi de alta gama Não fala do prejuízo e é preciso mostrá-lo Só manda-me um postal de um paraíso fiscal É a crise que imobiliza, que me põe vegetal A droga é bola e novela dá ao povo um estalo Se tu és rico e vens de fora faz um corte Inglês Se não és, vais a cafés ver o que o Sporting fez Eu não suporto mais, os nossos pais antes tentavam E nos anos 70 havia voz menos sentada A gente tava confiante e gritava: Porra Não deixes que a palavra morra, palavra de honra Já não vos impeço mais Eu já não vos peço mais Agora dispenso Agora que eu penso já não me disperso mais Agora eu imponho, não vivo o teu sonho Eu faço o que eu quero Se o tempo 'tá liso e o guito em crise Eu é que não espero Já não vos impeço mais Eu já não vos peço mais Agora dispenso Agora que eu penso já não me disperso mais Agora eu imponho, não vivo o teu sonho Eu faço o que eu quero Se o tempo 'tá liso e o guito em crise Eu é que não espero O último a sair que feche a porta (espero) Granalistas de fato e gravata (espero) Estão à solta com a nossa nota (espero) O último a sair que feche a porta E antes que a porta se feche Sou eu que me queixo Sou eu que levanto o meu queixo e janto o meu peixe Nah, não vendo, não solto, não quero, nem deixo Que o bicho da fome Seja o bispo que come que papa perdão O bicho que come, o papão que some com o talão Com fisco do iva se é só metalão, viva Xutos e Bicos Mas pontapés p'ra Hannah Montana E os Black Eyed Peas Acudam é Cristo, afundem o barco Não sabes boiar nem rezar? Azar Não há volta, só ida Por isso se és anti-revolta, é a vida e a morte Que tens entre a espada da sorte Que nunca te espeta, esgrima-te só Cá isto é, esquiva-te ou cais Pela baixa até ao cais do Sodré Quais Dubais? Não vais? Duvido Aqui os sinais são mais horizontais que o V Somos todos iguais? Somos todos diferentes Diferentes até demais se der pro torto Somos loucos, os tais Os que falam por muitos Mas não falam por todos p'ra dar o corpo Já não vos impeço mais Eu já não vos peço mais Agora dispenso Agora que eu penso já não me disperso mais Agora eu imponho, não vivo o teu sonho Eu faço o que eu quero Se o tempo 'tá liso e o guito em crise Eu é que não espero Já não vos impeço mais Eu já não vos peço mais Agora dispenso Agora que eu penso já não me disperso mais Agora eu imponho, não vivo o teu sonho Eu faço o que eu quero Se o tempo 'tá liso e o guito em crise Eu é que não espero O barco afunda-se, salve-se quem puder Reizinger trouxe a benção Mas aqui é um Deus nos acuda Cega, surda e muda, ladeira abaixo desta nação Saiu p'ra rua, gritou por ajuda Apontou o dedo a corrupção Mas quem trouxe a solução? Foi o Bicho Papão Qual é o preço da revolução? Sacrificar o pão e a paz de espirito P'ra gritar na rua: Basta, eu sou gente! Eu não aguento mais isto! Eu quero o meu futuro, insisto!